Resumo
- O tarifaço de Donald Trump pode impactar no preço do iPhone 16 Pro Max e deixar o aparelho até US$ 350 mais caro.
- A maioria dos aparelhos da Apple é fabricada na China, que foi fortemente taxada pelo presidente dos EUA.
- Após queda de 20% nas ações, a Apple perdeu US$ 640 bilhões (R$ 3,8 trilhões) em valor de mercado.
- Para mitigar os efeitos nos EUA, seu principal mercado, a empresa pode reajustar os preços em outros países em até 6%.
O tarifaço do governo Trump pode impactar o preço de um dos produtos mais famosos dos Estados Unidos: o iPhone. O valor do iPhone 16 Pro Max, atual celular topo de linha da Apple, pode ficar até US$ 350 (R$ 2.690) mais caro nos EUA, segundo estimativa do banco UBS. Atualmente, o smartphone é vendido por US$ 1.199 na sua versão com 256 GB de armazenamento.
A estimativa dos analistas da UBS, banco de investimentos sediado na Suíça, representa um aumento de 30% no valor do iPhone 16 Pro Max. Já para o iPhone 16 Pro, que foi lançado por US$ 999, o aumento previsto é de US$ 120 — aproximadamente 12,2% mais caro.
Quais os impactos do tarifaço no negócio da Apple?
As tarifas recíprocas para importações anunciadas por Donald Trump na semana passada já derrubaram em 20% o valor das ações da Apple. Isso representa uma perda de US$ 640 bilhões (R$ 3,8 trilhões) de valor de mercado — lembrando que a Apple vale mais de R$ 19 trilhões.

Essa queda nas ações, segundo analistas, é motivada pela preocupação com a perda de poder de compra dos consumidores com as novas tarifas de importação. A maioria dos produtos da Apple é fabricada na China, que foi taxada em 34% na última quarta-feira (02/04).
Fora dos Estados Unidos, as japonesas Sony (fabricante do PlayStation) e Nintendo (Switch e Switch 2) também tiveram queda no valor de suas ações na bolsa de Tóquio.
A Nintendo, inclusive, anunciou o adiamento da pré-venda do Switch 2, alegando que precisa avaliar o impacto do tarifaço no produto. O console foi anunciado horas antes de Trump revelar as tarifas recíprocas.
Qual deve ser a solução da Apple para o tarifaço?
Segundo analistas da JPMorgan Chase, a Apple pode aumentar em 6% o preço dos iPhones ao redor do mundo para empatar o prejuízo do tarifaço nos EUA. A terra natal da big tech é o seu maior mercado. A estratégia padrão da empresa é aumentar o preço em outros países para não afetar os clientes estadunidenses.
A realocação da produção do iPhone para os EUA, um cenário considerado impossível por especialistas em logística, faria o celular custar US$ 3.500 (R$ 20.928). Essa estimativa foi feita por Dan Ives, do banco de investimentos Wedbush.